Alivia a dor dos meus ombros por passar a vida a reconhecer erros, deslizes e negligências com a língua portuguesa, matéria-prima do meu ofício.
Concede a humildade para aceitar a minha capacidade como profissional, a lealdade para com os meus pares, o respeito ao meu trabalho e a paciência para ser um ourives da palavra, que transforma a pedra bruta em algo precioso e raro.
Além disso, dá-me o principal reconhecimento: o próprio. Sou um instrumento para que o mundo escreva a sua história da maneira mais doce possível: pelo bom uso da palavra, aquela que me acompanhará até o dia em que eu escrever a minha última página de vida.
Assim seja.
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